segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os dois times de melhor campanha na fase classificatória da Superliga. Um, contando com a grande maioria dos 18 mil torcedores que lotaram o Mineirinho. O outro, com o melhor jogador do mundo na equipe.

Por esses e por tantos outros argumentos, estava mais do que certo de que Sesi-SP e Sada/Cruzeiro fariam uma final de Superliga inesquecível. E fizeram!

Sesi-SP levanta o troféu na "casa do adversário". Foto: CBV
Assim como em 2002, em que o Brasil perdeu a decisão da Liga Mundial para a Rússia no mesmo ginásio completamente lotado, o time mineiro viu que torcida faz diferença, mas não ganha jogo. Tratando a torcida celeste muito mais como um plus da do futebol, as narrações ficaram a ficar até um pouco chatas nessa comparação forçada e desnecessária. A massa cruzeirense apoiou, empurrou, mas encontrou pela frente uma equipe muito concentrada que pouco se incomodou com o volume do barulho.

Na disputa dos Wallaces, melhor para o da equipe paulista, que sentiu bem menos a pressão da decisão do que o xará mineiro.

Murilo ajudou, mas não foi o protagonista da decisão. Com um conjunto muito bem organizado, ora o melhor do mundo era ofuscado por Thiago Alves, ora por Wallace, Vinni e demais. E se ninguém ia bem em determinado momento, coube ao técnico Giovane Gávio comandar o elenco, utilizar as ferramentas do banco e comprovar a consistência da sua equipe.

Merecidamente o treinador chega ao primeiro título de Superliga agora do lado de fora das quadras, algo que até então ninguém tinha conseguido acumular como jogador e técnico. Depois de ver o fim do projeto da Unisul, equipe que treinava em Santa Catarina, Giovane foi para São Paulo, estudou, estudou e ensinou bem aos seus comandados como chegar aos títulos. Já li em alguns locais que Gigio pode estar sendo testado e preparado para assumir o comando da seleção masculina quando Bernardinho se aposentar. Especulação que pode se tornar algo mais concreto se os bons resultados continuarem aparecendo.

Ao Sada/Cruzeiro, que também demonstrou um ótimo planejamento, o vice-campeonato só foi justo porque teve um adversário mais forte a sua frente. Não dava para dividir o título e em decisão de jogo único seria campeão quem se comportasse melhor naquele dia em quadra. Se uma série melhor-de-três fosse realizada, não tenho dúvidas de que a decisão iria para uma terceira partida.

Depois de ter, pelo menos, oito equipes como favoritas no início da Superliga, coisa que não acontece em nenhuma competição esportiva brasileira e até mundial, seja futebol, voleibol, basquete, etc, ganhou quem mais mereceu! Acho que atualmente nem mesmo um campeonato brasileiro de futebol consegue colocar oito equipes no mesmo nível de favoritismo.

Por isso, acredito que essa edição 2010/11 de Superliga fez história e só mostrou o quanto o vôlei brasileiro cresceu.

Ao Sesi-SP só resta comemorar! Parabéns à equipe paulista que mereceu muito essa conquista!
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